Texto de George Menezes

Bacharel em Logística, cursando MBA em Gestão Estratégica de Varejo e Vendas. Sócio-proprietário da iPro Tecnologia, empresa desenvolvedora de aplicativos para smartphones e tablets.

Segundo o dicionário Michaelis, escritório vem do latim scriptoriu e significa “compartimento de uma casa destinado à leitura ou trabalho intelectual” ou ainda “lugar onde se realizam trabalhos administrativos, se trata de negócios, etc.” (Editora Melhoramentos, 2013).

Pois cada vez mais as tecnologias da informação e comunicação estão revolucionando este conceito, tornando possível se tratar de negócios sem dependência de um local específico.

Até o momento destacou-se a modalidade de home office, com profissionais de grandes empresas, autônomos e empreendedores trabalhando a partir de casa.

 Nesta forma de trabalho, que busca evitar os problemas de mobilidade urbana nos médios e grandes centros, tem-se vários benefícios tanto para o profissional como para a empresa, com redução de custos, melhor aproveitamento do tempo, melhora na qualidade de vida.

Mas com a acelerada miniaturização das tecnologias de informação e comunicação, destacados aqui os dispositivos móveis – como smartphones e tablets – e a melhora na qualidade de conexões de internet móvel, especialmente com as redes 3G, temos agora uma nova modalidade de trabalho: o anywhere office, ou melhor ainda, everywhere office – todo lugar pode ser seu escritório.

Celulares com capacidade de processamento superior a computadores, conectados à internet 24 horas por dia em velocidades a cada dia mais rápidas, permitem ao profissional definir como e onde irá realizar suas tarefas.

Seja em casa, em um escritório compartilhado (coworking), em uma cafeteria ou até mesmo em um shopping, não existem mais limites para o desempenho de suas atividades. É possível, por exemplo, iniciar uma tarefa em um computador, desenvolvê-la ao longo do dia em seu dispositivo móvel, voltando ao computador para concluí-la – e em muitos casos, realizar tudo por meio de smartphones e tablets também.

Cabe ao profissional e às empresas, conhecer tais ferramentas e estabelecer planos para que sejam aproveitados da melhor maneira possível, não “apagando incêndios” com a elaboração de relatórios de última hora, mas sim de maneira estruturada. Assim o escritório passa a ser somente o ponto de apoio, ainda necessário, mas não determinante do resultado das ações.

As horas e minutos que se passam entre uma visita e outra, momentos de espera, no deslocamento por transporte coletivo, e tantas outras situações que seriam vistas apenas como perda de tempo, se tornam úteis e produtivas, caracterizando importante diferencial competitivo para profissionais e empresas.

Sairá na frente quem já estiver aproveitando de todo o potencial desta revolução, que está apenas começando.